Em meio a um cenário de crise e incerteza, a cidade de Borba se vê diante de graves acusações envolvendo o ex-prefeito Simão Peixoto. Conhecido por sua extensa lista de processos judiciais e histórico de prisões, Peixoto agora tenta reverter sua imagem ao investir em publicidade em um site, uma tentativa questionável de "lavar" sua reputação em plena Semana Santa.
As investigações apontam que Simão Peixoto está no centro de um esquema de corrupção que pode ter desviado cerca de R$ 29,2 milhões em recursos públicos. Essas verbas eram destinadas à compra de merenda escolar em 2020, durante a pandemia da COVID-19. A Polícia Federal (PF) investiga também suspeitas de manipulação de testemunhas, evidenciando a gravidade das ações do ex-chefe do Executivo.
Em março de 2023, Peixoto foi preso preventivamente pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sob acusações que incluem ameaça, desacato e difamação contra a vereadora Tatiana Franco dos Santos. A parlamentar presidirá o grupo responsável pela análise da cassação do prefeito afastado, o que demonstra um ambiente político tumultuado e cheio de tensões.
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De acordo com o Ministério Público, Simão Peixoto não apenas cometeu fraudes em licitações, mas também se envolveu em lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva na Prefeitura. O esquema criminoso, que inclui familiares e agentes públicos, revela uma rede complexa de corrupção que impactou diretamente os cofres públicos do município.
Os números são alarmantes: além dos R$ 29,2 milhões desviados entre 2020 e 2023, estima-se que o ex-prefeito tenha causado um prejuízo total próximo a R$ 40 milhões devido a processos administrativos junto ao Tribunal de Contas. A situação financeira da Prefeitura é crítica; registros negativos referentes ao INSS e ao Fundo Previdenciário acumulam impressionantes R$ 78.946.563,10. Esses valores evidenciam a falta de gestão responsável durante os oito anos em que Peixoto esteve no poder.
A crise se agrava ainda mais com revelações sobre desvios no fundo previdenciário, onde aproximadamente R$ 33 milhões desapareceram sob sua gestão. O sucessor de Peixoto, Toco Santana, herda um "cenário de terra arrasada", com relatos chocantes sobre desmanches e subtrações de bens públicos essenciais.
Além das questões financeiras e administrativas, um episódio peculiar envolvendo Simão Peixoto chamou a atenção da população: uma luta de MMA contra um ex-vereador durante a pandemia. O evento foi marcado por polêmicas sobre manipulação do resultado da luta, onde Peixoto foi declarado vencedor apesar da derrota evidente no ringue. Essa situação expõe uma falta alarmante de respeito pelo esporte e pela integridade dos adversários.
O chá de "Sima-ncol" passou longe do Simão. Fazendo uma breve analogia ao nome do testemunhado ex-chefe do Executivo do município de Borba. O homem que carrega consigo uma extensa lista de processos e histórico de prisões, inclusive por desvios de verbas públicas, agora em plena Semana Santa compra um espaço em um site para tentar lavar sua imagem. Para não dizer sua alma.