Brasil – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu, na noite desta quinta-feira (27/3), à notícia de que o ministro Alexandre de Moraes mandou uma investigação contra o presidente do PSD, Gilberto Kassab, voltar da primeira instância para o STF. A decisão foi assinada por Moraes no último dia 19 de março e tem por base a recente mudança de entendimento do Supremo sobre o foro privilegiado. O despacho foi visto, nos bastidores do Congresso e do STF, como uma “arma” de Moraes para pressionar Kassab e o partido comandado por ele a não apoiarem o projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro. “Há quem diga que vivemos em uma democracia, mas, todos os dias, a imprensa fala abertamente sobre o uso da justiça por Moraes como arma política, de intimidação, como instrumento de “pressão” capaz de surtir efeito para intimidar o presidente de um partido. Isso não é normal a não ser em ditaduras”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais.
A investigação tinha sido enviada pelo próprio Moraes à Justiça Eleitoral de São Paulo em 2019. Em 2021, a denúncia do Ministério Público contra Kassab foi aceita pela Justiça, o que tornou o presidente do PSD réu no caso. Agora, anos depois, o próprio Moraes mandou a investigação contra o presidente nacional do PSD voltar para o STF, onde voltará a ser novamente relatada pelo ministro, que também é relator do chamado inquérito do golpe. A decisão foi dada por Moraes três dias depois de Bolsonaro relatar, durante a manifestação pró-anistia liderada por ele em Copacabana, no Rio de Janeiro, que se reuniu com Kassab e que ele apoiaria a anistia. “Há poucos dias tinha um velho problema e resolvi com o Kassab, em São Paulo. Ele está ao nosso lado com a sua bancada para aprovar a anistia em Brasília. Todos os partidos estão vindo”, disse Bolsonaro no que ocorreu em Copacabana dia 16 de março.
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